Francisco Tropa @ Laboratório de Curadoria

‘A influência do artesanato Índio no minimalismo americano (uma alegoria)’

> 9 de Janeiro, 2015

Colégio das Artes da Universidade de Coimbra

O Laboratório de Curadoria do Mestrado em Estudos Curatoriais inaugura o terceiro e último momento do ciclo de intervenções ‘Tentar o próximo passo‘. Este momento conta com a obra ‘A influência do artesanato Índio no minimalismo americano (uma alegoria)’, do artista Francisco Tropa. A exposição encontra-se patente na galeria do Colégio das Artes, da Universidade de Coimbra.

O ciclo Tentar o próximo passo iniciou-se com ‘Um círculo que não é um círculo’ de Fernanda Fragateiro, seguindo-se de ‘Casca (partes escolhidas)’ de Ricardo Jacinto, e finalmente ‘A influência do artesanato Índio no minimalismo americano (uma alegoria)’ de Francisco Tropa.

Este ciclo de intervenções tem vindo a ser marcado pela forte presença da estrutura desenhada pelo Arquitecto João Mendes Ribeiro, que serviu de suporte expositivo para a sua exposição ‘Vinte e dois desenhos’ realizada no Colégio das Artes entre Novembro e Dezembro do ano passado. Esta estrutura, que serviu de repto para todas as obras e que tem vindo a ser desconstruída ao longo de todo o ciclo, vai agora marcar-nos com a sua ausência, desaparecendo na obra de Francisco Tropa, mas não deixando de ser o mote e razão de existência deste ciclo de exposições.

O Laboratório é um projecto colectivo dos alunos do Mestrado em Estudos Curatoriais e apresenta-se como um espaço de experimentação artística em estreita colaboração e diálogo com os artistas convidados. Pretende-se que este seja um projecto aberto à comunidade, que possibilite novos discursos e produza outras oportunidades culturais em Coimbra.

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Francisco Tropa

Colégio das Artes da Universidade de Coimbra

Francisco Tropa. Lisboa, Portugal, 1968. Vive e trabalha em Lisboa.

A escultura tem sido um interesse constante no percurso de Francisco Tropa, artista que começou a expor no início da década de noventa e cujo trabalho tem obtido uma significativa atenção por parte das instituições e da crítica. Foi o representante de Portugal na edição de 2011 da Bienal de Veneza, e participou ainda na Bienal de Rennes (2012), na Bienal de Istambul (2011), naManifesta (2000), na Bienal de Melbourne (1999) e na Bienal de São Paulo (1999).

Diversos meios são utilizados por Tropa, como a própria escultura, o desenho, a performance, a fotografia ou o filme, para convocar uma série de reflexões introduzidas por diferentes tradições da escultura. Temas como o corpo, a morte, a natureza, a paisagem, a memória, a origem ou o tempo, estão sempre presentes nos seus trabalhos, num processo interminável de remissão a ideias da história da arte, a outras obras de arte, a trabalhos anteriores do próprio artista, e a autores específicos.

As noções de dispositivo e de espectador são também fundamentais para a compreensão da sua prática, que desafia as categorias tradicionais da arte quer de representação quer de percepção.

É representado pela Galeria Quadrado Azul.