parede, chão e tecto (Fuso vídeo arte 2012)

Pedro Costa, Minino macho, Minino fémea, 2005, dupla projecção, DVCam, cor, 4:3, 4’36’’, Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto. Cortesia de Fuso Vídeo Arte 2012 e Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto.
FUSO vídeo arte
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BES Arte & Finança
até 7 de setembro

Gordon Matta Clark, Fotografia p/b, 1972, Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto. Cortesia de Fuso Vídeo Arte 2012 e Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto.
Parede, chão e tecto conta com obras de Gordon Matta-Clark, Pedro Costa e Vasco Araújo, a curadoria é de Nuno Crespo que propõe uma reflexão crítica em torno do diálogo que a arte tem com a arquitectura e o modo como o “fazer espaço” não implica apenas uma relação com a matéria, mas sobretudo com o tempo, o movimento e as coisas que se fazem nos lugares tornados reais através do gesto arquitectónico. Até 7 de setembro no BES Arte & Finança. Parede, chão e tecto faz parte da programação do Fuso 2012.

Vasco Araújo, About Being Different, 2007, Vídeo, Duração: 18′ 24”. Cortesia de Fuso Vídeo Arte 2012.
Na exposição Parede, chão e tecto, a obra ‘About Being Different‘ (Sobre Ser Diferente) é o resultado de 2 meses de residência do artista Vasco Araújo no BALTIC Contemporary Art Center e é uma colaboração com vigários locais da comunidade Newcastle-Gateshead. O trabalho explora ideias de comunidade e de marginalidade e é inspirado na ópera ‘Peter Grimes’, de Benjamin Britten, que fala sobre um pescador perseguido pela sua aldeia. Vasco Araújo entrevistou cinco vigários sobre as suas experiências ao assistirem à ópera. Os comentários proporcionam uma reflexão original sobre a noção de comunidade e de indivíduo. A arquitetura de tijolos vermelhos do terraço residencial Gateshead também desempenha um papel importante para ilustrar a noção de igualdade. Ela é usada no vídeo como um símbolo visual da comunidade e leva-nos a questionar o que significa ser diferente em face de tal uniformidade.
A seguir, mais informação sobre a edição, deste ano, do FUSO – ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA que se tem vindo a posicionar como um dos eventos mais interessantes, a acontecer em Lisboa, no panorama da arte contemporânea, em especial no campo da vídeo arte. Conjuga vários factores de sucesso: funciona ao ar livre – em jardins, terraços e esplanadas, fora do contexto habitual deste tipo de mostra; é gratuito; possui uma programação onde a qualidade impera, com alguns dos trabalhos a serem apresentados pela primeira vez ao público português; o open call e respectivo prémio contribuem para a divulgação de novos artistas; conquistou visibilidade internacional, … entre outros não menos importantes. Razões suficientes para ser celebrado e aplaudido.
Fuso 2012 – Foram cinco dias de viagem pela vídeo arte (de 22 a 26 de agosto) com um percurso temático abrangente. A edição de 2012 continuou com as parcerias nacionais e internacionais já estabelecidas permitindo, uma vez mais, a apresentação de obras raramente vistas em Portugal, conferindo a esta iniciativa uma visibilidade internacional. A programação esteve a cargo de Jean‐François Chougnet, José Drummond, Dalia Levin, João Laia, Isabel Nogueira, Françoise Parfait e Solange Farkas, em estreita colaboração com os responsáveis das instituições parceiras, nomeadamente o BES Arte e Finança onde estão ainda patentes trabalhos de artistas portugueses, até 7 de setembro, com curadoria de Nuno Crespo. Os outros locais onde decorreu esta edição foram: Jardim do Museu da Electricidade, Jardim do MNAC – Museu do Chiado, Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, Claustro do Museu Nacional de História Natural e Clube Ferroviário.