Se não me engano, faz Angola
Imagens de Jordi Burch e Poemas de Ondjaki
Curadoria: Alexandra Sousa e Jordi Burch
a partir de 11.10.2014 @ Dear Gallery (Porto)
Depois do Museu Afro Brasil, em São Paulo, e da Plataforma Revólver, em Lisboa, ‘Se não me engano, faz angola’ chega à Dear Gallery, na cidade do Porto, galeria que representa o fotógrafo em Portugal. Pensada para ser mais íntima, mais depurada, foi feita uma selecção de imagens e criado um novo diálogo entre elas, que não lhes muda o sentido, mas as faz viver ainda mais. A exposição pode ser visitada a partir de dia 11 de Outubro.
Jordi Burch (Barcelona, 1979)
Nascido em Barcelona em 1979, Jordi Burch veio para Lisboa ainda bebé. Actualmente vive em São Paulo, Brasil. Membro do coletivo de fotografia Kameraphoto desde 2007. Estudou fotografia no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. Tem trabalhos publicados nas revistas: Grande Reportagem, National Geographic, Playboy, Expresso, revista Pública, Egoísta, Trip, Serafina (folha de São Paulo), Courrier International, Santa Art Magazine, Financial Times Weekend Magazine, Le Monde. A partir de 2008 dedica-se de forma intensa ao seu trabalho autoral. + bio
Ondjaki (Luanda, 1977)
Licenciado em Sociologia, Ondjaki desde cedo despertou para a Literatura. Os prémios depressa apareceram. Em 2007, recebeu o “Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco” com a obra “Os da minha rua”. Na Etiópia, foi galardoado com o prémio “Grinzane for best african writer”, em 2008. No Brasil, foi vencedor do “Prémio Jabuti”, na categoria juvenil, com o livro “AvóDezanove e o segredo soviético”. O seu livro “Os Transparentes” ganhou o “Prémio José Saramago”, em 2013. + bio
estão vivos os fantasmas e aprenderam a uivar. preparo os pés. reinicio a caminhada. carrego na mão essa âncora que ao estar no chão me macera o tornozelo. evaporaram-se as palavras molhadas. está nu o meu estendal. respiro. espero. oxalá que os pássaros saibam o caminho de volta até mim.
Ondjaki
+ info:
(C) Imagens: cortesia de Jordi Burch e Dear Gallery, 2014. Poema, cortesia de Ondjaki.