Wolfgang Tillmans | central nervous system
> 24 Novembro, 2013
Esta é a sétima exposição individual de Wolfgang Tillmans na galeria Maureen Paley em Londres.
Nos últimos anos, Tillmans tem-se dedicado ao projecto Neue Welt, onde estende o seu trabalho fotográfico a outros territórios, enquanto desenvolve novas formas de captar e imprimir as suas imagens com tecnologia digital avançada. Esta nova exposição é o ponto de partida de Neue Welt, bem como uma extensão dessa visão.
central nervous system (sistema nervoso central) apresenta uma abordagem renovada dos retratos de Tillmans e concentra-se num único tema. Esta nova série de imagens é apresentada, pela primeira vez e é um retrato íntimo de uma relação diferenciada, trata-se de um retrato dele próprio: Wolfgang Tillmans.
“I believe in all hallucinations. I believe in all mythologies, memories, lies, fantasies and evasions. I believe in the mystery and melancholy of a hand, in the kindness of trees, in the wisdom of light.” – JG Ballard, 1984
É com esse espírito que o trabalho do artista emerge de um lugar de honestidade e intensidade. Tillmans apresenta, abertamente, a sua vida íntima que tem uma dimensão humana, como a de toda a gente, sendo, ao mesmo tempo, embaraçosa, aventureira e vulnerável.
“Fazer um retrato é um acto artístico fundamental e o seu processo é uma troca humana directa. A dinâmica de vulnerabilidade, exposição, constrangimento e honestidade não mudam. Descobri que o retrato é um bom instrumento de nivelamento, para mim, e devolve-me sempre ao ponto de partida.” – Wolfgang Tillmans, 2001
Há mais de duas décadas que Tillmans tem sido pioneiro em muitos dos aspectos técnicos da fotografia e da sua abordagem. As experiências de trabalho mais recentes, através da impressão a jacto de tinta, permitem-lhe uma incrível nitidez nas imagens e um olhar hiper-real. Os tons de cor obtidos conseguem reflectir as paisagens brilhantes, metálicas e irreais de Ballard e as, quase sempre, grandes impressões digitais, que utiliza, apresentam um mundo que é, simultaneamente, mundano e dramático, familiar e estranho. Tillmans ilumina o quotidiano e mostra-nos o mundo como ele é, com destaque para a sua estranheza, muitas vezes esquecida, e beleza.
Wolfgang Tillmans nasceu em 1968, em Remscheid, na Alemanha. Vive e trabalha em Berlim e Londres. Estudou em Bournemouth e no Poole College of Art and Design (Reino Unido), acabando os esudos em 1992. É, actualmente, Artist Trustee no Conselho de Administração da Tate, em Londres.
As suas mais recentes exposições individuais incluem: Neue Welt, Les Rencontres d’Arles, Arles, France; Museo de Artes Visuales, Santiago do Chile, Chile; Museo de Arte de Lima, Lima, Peru; Kunstsammlung NRW (K21), Düsseldorf, Germany e Museo de Arte del Banco de la República, Bogota, Colombia. Em 2012, Neue Welt, Kunsthalle Zürich, Switzerland; Museo de Arte Moderna, São Paulo e Moderna Museet, Estocolmo.
A sua obra está representada em colecções internacionais, incluindo: The Museum of Modern Art, New York; The Metropolitan Museum of Art; The Solomon R. Guggenheim Museum; The Hammer Museum, Los Angeles; Museum of Contemporary Art, Chicago; The Hirshhorn Museum, Washington; Walker Art Center, Minneapolis; Tate, London; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid; Museum Ludwig, Cologne; The Stedelijk Museum, Amsterdam e Centre Pompidou, Paris. Tillmans recebeu o Turner Prize em 2000.
O seu trabalho foi apresentado em importantes monografias: Neue Welt: Wolfgang Tillmans, Taschen, 2012; Wolfgang Tillmans: Abstract Pictures, Hatje Cantz, 2011; Wolfgang Tillmans: Lighter, Hatje Cantz, 2008; Wolfgang Tillmans: Manual, Walther König, 2007 e truth study center, Taschen, 2005.
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