Amazing White Emptyness | Manuel Caeiro

@ Antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres

 Museu Nacional de História Natural e da Ciência

até 30 de setembro

Manuel Caeiro (1975), expõe regulamente desde 1999. O seu trabalho encontra-se representado em várias colecções nacionais e internacionais, nomeadamente Bruxelas, Brasil, Espanha, Egipto, Portugal, Inglaterra. Vive em Lisboa. Trabalha entre Lisboa e Rio de Janeiro. É representado por Carlos Carvalho, arte contemporânea.

Manuel Caeiro, Dream House, 2012, Acrílico s/ tela, 65 x 95 cm. Cortesia de Carlos Carvalho, contemporary art.

A integridade da obra de Manuel Caeiro (Évora, 1975), salvo excepções, dentro da  disciplina pictórica, parece estar atravessada por uma investigação particularmente interessada  num sentido construtivo e espacial. Com um notável estudo da cor, Caeiro serviu-se intensivamente de elementos temáticos que lhe permitem, por um lado, estabelecer uma aparência racional ou ordenada e, por outro, experimentar com o acidente, com as diferenças. Desta forma, os elementos construtivos que Caeiro dispõe como argumento das suas composições parecem constituir um pretexto para um trabalho pictórico que, na sua liberdade – sempre dentro dos limites de contenção dos planos que ocupa –, parece mais próximo às obras de um pintor plenamente abstracto embora com uma efusão que desconhece gestos violentos. Deste modo, o sentido da luz de Caeiro desafia a férrea estrutura geométrica dos seus motivos e pode estabelecer-se uma relação com a subversão da estrutura modular e asséptica em extremo do Minimalismo, uma superação pictórica dos padrões rígidos deste movimento internacional, que, no entanto, lhe servem de base, e que conheceu em Portugal um prolixo desenvolvimento tanto entre os colegas de geração de Caeiro como entre alguns dos mais destacados artistas portugueses da geração anterior.

A ordem como pretexto e a luz acidentadaIntrodução à obra de Manuel Caeiro por Julio César Abad Vidal. Tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas.

Manuel Caeiro, National Geometric, 2012, Acrílico s/ tela, 91 x 120 cm. Cortesia de Carlos Carvalho, contemporary art.