Berlin Biennale 2012

A 7ª Bienal de Berlim começa hoje e prolonga-se até 1 de Julho. Foi fundada em 1996, por Klaus Biesenbach e um grupo de coleccionadores e patronos das artes. A sua criação foi inspirada na Bienal de Veneza. Realizou-se, pela primeira vez, em 1998 e contou com a direcção artística de Klaus Biesenbach, Nancy Spector e Hans Ulrich Obrist. O objectivo foi o de organizar uma mostra internacional de arte contemporânea que promovesse, também, os artistas jovens e emergentes. Tem vindo a estabelecer-se como espaço aberto à experimentação e  identificação das últimas tendências no mundo da arte. Este ano tem curadoria de Artur Żmijewski e Joanna Warsza e o colectivo Voina, como curadores associados.

Hoje: Adiós Ciudad (goodbye city/ adeus cidade) 

Uma Performance, em espanhol, por Teresa Margolles, Oscar Gardea e David Gómez.

Músicos de rua do México, da cidade  fronteiriça de Juárez, que perderam os seus empregos devido às guerras dos quarteis de droga, executam canções de lamento pela cidade.

Ver aqui restante programação.

Aqui os vários projectos da bienal.

Aqui artigo de Ana Teixeira Pinto sobre a bienal via Art-Agenda.

Made in Berlin

Berlim é, desde há alguns anos, uma das cidades mais estimulantes no que diz respeito às artes e cultura. A cidade respira arte. A oferta cultural é enorme e muitas vezes gratuita. Nos últimos anos, uma parte considerável dos trabalhos apresentados na Bienal de Veneza, na Documenta de Kassel, ou em outros importantes art spots, foi ‘made in Berlin’. Berlim atrai jovens artistas de todo o mundo. Ateliers, fábricas readaptadas, garagens – são vários os espaços aproveitados para actividades artísticas. A cidade possui uma atmosfera excepcional para a criatividade ligada às artes. Tem  mais de 10.000 artistas residentes. Segundo dados estatísticos do turismo de Berlim: 5.000 artistas, 1.200 escritores, 1.500 bandas (pop, rock e world music), 500 músicos de jazz, 103 orquestras profissionais, 1.500 coros, 300 grupos de teatro e 1.000 bailarinos e  coreógrafos (dança contemporânea) vivem e trabalham em Berlim. Beneficiam de um baixo custo de vida, da partilha de um espaço aberto (composto por pessoas de mais de 190 países), livre de preconceitos (tem uma das maiores comunidades gay da europa) e um apetecível financiamento público para esse sector. A vida artística está em constante fluxo, servindo de mote à própria cidade.

Desde a sua reunificação, em 1990, a cidade tem passado por um processo continuo de definição e mudança. A interacção do novo com a estrutura histórica e cultural já existente, tornou-a uma das principais atracções europeias. A restauração da sua identidade, como capital da Alemanha, foi-se desenvolvendo a partir de uma aposta concertada em vários sectores, entre eles  – o criativo. Berlim é agora, mundialmente, conhecida pela riqueza da sua arquitectura, design, artes visuais e performativas.

© imagens cortesia Berlin Biennale, na imagem de destaque, na página anterior, fotografia de Marta Gornicka.